O índio
Há um índio que segura uma serpente em frente a uma fogueira: o amor é o fogo interior: porta luminosa que queima os véus da mentira. Por aquela porta não passa nenhuma imagem, desfaz-se em mil faúlhas à entrada: a imagem que amas é só fogo de artifício: uma mentira a arder. Por aquela porta só entra a verdade: a pureza: eis um Milagre: nunca vês os teus olhos porque vês só a imagem de ti mesmo, mas revês-te puro e inteiro nos olhos daquele que te despe da imagem de ti mesmo.